Na manhã desta terça-feira (20/05), o Sindsaúde Ceará participou de um ato em frente ao Hospital São José (HSJ), em Fortaleza, em defesa dos direitos dos trabalhadores que atuam ou atuaram no enfrentamento direto a doenças infectocontagiosas.
A mobilização ocorreu após a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) sinalizar a intenção de retirar, na aposentadoria, a Gratificação de Condições Especiais desses profissionais — um adicional que pode chegar a 40% do salário-base (101) e é pago a quem atua em ambientes de alto risco biológico.
Mais grave ainda é que esse direito já começou a ser retirado de alguns trabalhadores aposentados, gerando indignação e insegurança entre os servidores que atuaram por décadas em condições insalubres e de risco. Para o Sindsaúde, trata-se de um precedente perigoso que precisa ser imediatamente revertido.
O diretor do Sindsaúde Ceará, Messias Carlos, esteve presente ao lado dos trabalhadores, denunciando o ataque a um direito histórico de quem dedicou a vida ao serviço público em condições extremas.
“São profissionais que arriscaram a própria saúde para cuidar da população. Retirar essa gratificação agora é um ato de desrespeito e injustiça com quem sempre esteve na linha de frente das epidemias e crises sanitárias,” afirmou o diretor.
O Sindsaúde considera a medida inaceitável e já acionou sua assessoria jurídica para avaliar as providências legais cabíveis. A entidade também reforça a importância da mobilização permanente da categoria para impedir retrocessos e garantir que nenhum direito seja perdido, nem agora, nem no futuro.
Por isso, é de suma importância a participação de toda categoria, nesta quarta-feira, 21 de maio, em frente ao palácio da Abolição, às 9h, para cobrar respostas do Governo.
