Do Interior à Capital: A Enfermagem Cearense Volta às Ruas para Lutar por Direitos

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Na manhã deste dia 11 de abril, o coração de Fortaleza pulsou diferente.
A Beira Mar foi tomada por vozes firmes, passos decididos e blusas que estampavam, em letras grandes, o que carregam no peito todos os dias: sonhos que resistem, lutas que avançam.

A Enfermagem cearense voltou às ruas.

Estiveram presentes profissionais de todo o Estado do Ceará — do litoral ao sertão, dos hospitais públicos e privados aos postos de saúde das comunidades. Foram enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras. Vieram por respeito, por justiça, por reconhecimento.

O ato, que reuniu mais de 2 mil profissionais, foi mais um grito coletivo em defesa de três pautas que seguem sem resposta:

🔹 A aprovação da PEC 19/2024, que reduz a jornada para 30 horas semanais e garante reajuste anual do piso;
🔹 O enquadramento dos auxiliares como técnicos, corrigindo uma defasagem histórica;
🔹 E a plena implementação do Piso Nacional da Enfermagem, que, apesar de conquistado com luta, ainda não virou realidade para milhares de trabalhadores.

“Conquistamos o piso, mas ainda há profissionais recebendo abaixo do que é justo. Por isso voltamos às ruas. Porque nossa luta não termina enquanto todos e todas não forem reconhecidos,” destacou o presidente do Sindsaúde Ceará, Quintino Neto.

A presidente do Coren, Natana Pacheco, reforçou o sentimento que moveu o ato: “Somos mais de 80% da força de trabalho da saúde. Queremos o mínimo: dignidade e reconhecimento. E não vamos recuar.”

Nas palavras da Diretora do Sindsaúde e deputada estadual Martinha Brandão: “Essa luta não é nova. É feita de anos de resistência e coragem. E hoje mostramos que a Enfermagem segue de pé, com força e união.”

Já a deputada federal Enfermeira Ana Paula, uma das vozes da Enfermagem no Congresso Nacional, reafirmou seu compromisso com a pauta: “Seguiremos lutando pela PEC 19, pelo enquadramento, pelo cumprimento integral do piso. A rua é o nosso espaço legítimo de pressão.”

A Enfermagem, mais uma vez, mostrou que não é feita apenas de técnica, é feita de humanidade, coragem e coletividade.
E enquanto houver injustiça, nós vamos nos levantar. Vamos nos organizar. Vamos caminhar unidos.

Porque a Enfermagem não foge da luta. A Enfermagem resiste.