Na manhã desta sexta-feira, 13 de dezembro, trabalhadores da saúde, liderados pelo Sindsaúde, realizaram mais uma manifestação em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O ato expõe a crescente insatisfação com a gestão municipal devido aos constantes atrasos salariais e à ausência de soluções concretas para a categoria.
Sem prazos claros para pagamento
Durante reunião, representantes da gestão municipal informaram que os pagamentos atrasados das instituições SPDM e Viva Rio podem ser realizados até a próxima sexta-feira. Contudo, a falta de uma data exata gerou ainda mais revolta entre os trabalhadores.
Santa Casa, São Vicente e Sopai
Quanto ao complemento do Piso da Enfermagem, referente às competências em atraso dessas instituições, só se dará por mediação no Ministério Público. Esta medida, no entanto, foi considerada insuficiente pelos trabalhadores, que cobram soluções imediatas e efetivas.
A situação dos atrasos salariais da Santa Casa também é preocupante. A gestão municipal deve recursos à instituição, mas não anunciou uma data para o pagamento.
Apesar do impasse, os R$ 9,5 milhões articulados pelo futuro prefeito, Evandro Leitão, já estão no Fundo Municipal de Saúde, com destino à Santa Casa. Ainda assim, a falta de transparência sobre a aplicação desses recursos agrava a desconfiança da categoria.
Paralisação e novos atos
Diante da falta de soluções concretas, os trabalhadores da SPDM e Viva Rio decidiram, em assembleia, realizar uma paralisação na segunda-feira, 16 de dezembro. A mobilização abrangerá:
SPDM: EMAD-Hospital da Mulher e Hospital Infantil;
Viva Rio: UPA da Vila Velha.
A paralisação terá início às 6h30, com duração de duas horas, seguida de um ato às 9h, em frente à SMS, com a participação dos trabalhadores da Santa Casa, SOPAI, São Vicente, SPDM e Viva Rio.
Esse momento marcará o início do “Acampamento da Saúde”, onde permaneceremos mobilizados até que o secretário apresente respostas concretas e datas exatas para a regularização dos pagamentos.
A crise no setor de saúde
A situação reflete uma crise mais ampla no setor de saúde, com trabalhadores enfrentando condições precárias e incertezas salariais. As manifestações são um chamado urgente por mudanças estruturais e pela valorização dos profissionais da saúde, que desempenham papel crucial na garantia do bem-estar da população.