No dia 14 de junho, o Sindsaúde Ceará reuniu-se com a Rede Hapvida para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025, abrangendo o reajuste salarial e a implementação do piso salarial da enfermagem. As propostas apresentadas pela Hapvida foram decepcionantes e distantes do previsto em lei.
As propostas incluem um reajuste salarial de apenas 3,23%, um aumento do vale-refeição de R$16 para apenas R$20 por dia, vale-alimentação de R$60 para R$100, e a manutenção do reajuste do Auxílio-creche/babá em 3,23%.
PISO DA ENFERMAGEM
A Hapvida sugere um piso salarial da enfermagem regionalizado, 23% abaixo do piso nacional e considera a remuneração global, incluindo salário base e adicional de insalubridade, para o cálculo do piso. Para os técnicos de enfermagem, que laboram 220h, isso significaria um piso salarial iniciando em: R$ 1.792,76 e finalizando em apenas R$ 2.277,85 parcelado em três vezes, finalizando apenas em novembro de 2025.
Para piorar a situação, os técnicos de enfermagem que laboram em regime 12×36, está sendo considerado como 180h mensais, sendo que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) já tem decisões inúmeras que essa jornada deve ser considerada 220h mensais; os plantonistas com jornada de 12×36, desta forma teriam um piso ainda menor, iniciando com R$1.466,80 e finalizando em R$ 1.863,70, em novembro de 2025.
Enquanto os auxiliares de enfermagem não teriam nenhum reajuste, o Hapvida, interpretando erroneamente a decisão do STF, argumenta incorretamente que esses profissionais já recebem o valor do piso salarial.
O Sindsaúde rejeita veementemente essas propostas, que desvalorizam os trabalhadores da saúde.
Em resposta, o Sindicato apresentou uma contraproposta em 17 de junho, solicitando um reajuste salarial de 7%, a não regionalização do piso salarial e que considere a jornada de 12×36 como 44 horas semanais e 220 horas mensais.
Uma nova reunião foi marcada para o dia 20 de junho, às 14h, na expectativa de uma oferta mais justa.