Sindsaúde denuncia condições precárias de trabalho no Hospital do Coração

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A presidente do Sindsaúde, Marta Brandão, acompanhada da diretora Daniele Nazário e do diretor Quintino Neto, estiveram na manhã desta quinta-feira, 23/07, no Hospital do Coração de Messejana para averiguar denúncias sobre as condições de trabalho de técnicas de enfermagem. Segundo conversas registradas em aplicativo de mensagem, as profissionais estariam trabalhando em condições inadequadas.

Uma das denúncias diz respeito a um posto de enfermagem no corredor para atender pacientes da covid-19. E agora com a redução dos casos, esse posto já poderia ter sido desativado e os servidores terem voltado para seus setores de origem. No entanto, não foi desativado e as Técnicas de Enfermagem tiveram que continuar na sala improvisada, que é quente, insalubre e exaustiva para os profissionais que estão adoecendo em virtude das condições precárias.

Posto improvisado em corredor do Hospital do coração

Outra denúncia diz respeito aos profissionais que prestam serviço através de cooperativa. O teor de mensagens encaminhadas ao Sindsaúde revela que profissionais estariam sendo coagidos a trabalhar em plantões de 12 horas sem direito sequer a intervalo para repouso ou para alimentação. Quando reivindicam esse direito, são tratadas com desdém. De acordo com as mensagens encaminhadas ao Sindsaúde, diz respeito a fala inscrita da enfermeira Alidja que fez a seguinte afirmação: “Você estão ganhando para trabalhar 12h. Mas agente pode negociar, pagar só 11h e vocês tirarem 1h para almoço”.

Os dirigentes aguardaram por mais de uma hora e não foram recebidos. Em decorrência da falta de diálogo, o Sindsaúde encaminhou as denúncias ao Coren Ceará, Ministério Público do Trabalho e Secretaria da Saúde do Estado.

Dirigentes do Sindsaúde aguardando para ser recebido pela direção do Hospital

“É inadmissível que os trabalhadores da saúde, em meio a esta pandemia, continuem sendo tratados com tamanho desrespeito” – afirmou Marta Brandão. “Vamos cobra a valorização com melhores condições de trabalho para esses profissionais que estão aqui arriscando a própria vida para atender a população” – concluiu.

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