Após seis meses de negociação, os gestores da rede Hapvida ainda não chegaram a um consenso com o Sindsaúde, com relação às propostas salariais para a categoria. Mesmo com os trabalhadores arriscando suas vidas para garantir o atendimento nas unidades da rede Hapvida no Ceará, os gestores se negam a aprovar a proposta apresentada pela entidade sindical e oferecem reajuste abaixo da inflação e o que é pior, restrito a apenas parte da categoria. Os patrões também se negam a oferecer uma gratificação aos trabalhadores que estão na linha de frente no atendimento aos pacientes com suspeita e confirmação da Covid-19.
Em defesa desses trabalhadores, dirigentes do Sindsaúde realizaram nesta quarta-feira, 03/06, uma vigília em defesa do salário digno, em frente ao Hospital Antônio Prudente, que faz parte da rede do Hapvida. Vale destacar que os trabalhadores que laboram no Hapvida tem data base no mês de janeiro e até o presente momento não tiveram seus reajustes salariais.
O Sindsaúde cobra a valorização dos trabalhadores, com reajuste salarial sem discriminação, piso salarial para todos, vale alimentação de R$ 15,00, e adicional de Insalubridade de 40% para todos.
Desde o início da pandemia, centenas de profissionais da saúde já foram afastados devido a Covid-19 no Ceará. Só entre trabalhadores do nível médio, como técnicos e auxiliares de enfermagem, foram mais de 20 mortes desde o dia 13/04.
“O Sindsaúde exige respeito e cobra que o dono do grupo Hapvida renove o Acordo coletivo de Trabalho imediatamente, garantindo não só a reposição salarial dos seus empregados, mas todos os demais benefícios, e também, que todos os empregados possam receber o adicional de insalubridade em grau máximo , ou seja, em 40%”. Pontou Marta Brandão.