Trabalhadores da UPA de Maranguape estão atuando durante a pandemia do novo Coronavirus sem sequer ter a carteira assinada.
De acordo com denúncias que chegaram ao Sindsaúde, muitos estão nessa situação irregular há mais de três anos. Os trabalhadores também não recebem adicional de insalubridade.
Ainda no mês de abril, trabalhadores desta mesma UPA denunciaram a falta de EPIs adequados ao atendimento de casos suspeitos para Covid-19.
Para um trabalhador da UPA, que prefere não ser identificado, o descaso é total. Além da escassez de EPIs, que acabam sendo usados por mais tempo que o recomendado, os trabalhadores, que estão em contato direito com pacientes suspeitos para Covid-19, não recebem adicional de insalubridade, e estão sendo afastados sem substituição, o que compromete ainda mais a qualidade do atendimento.
O Sindsaúde, através da diretora Daniele Nazário, tentou protocolar ofício junto à Secretaria Municipal da Saúde, mas o documento não foi recebido, mesmo após cinco horas de espera. Já o outro ofício, destinado à direção da UPA, foi protocolado na unidade de saúde, onde ela pode comprovar as denúncias.
O Sindsaúde cobra dos gestores que a situação seja regularizada, com as carteiras assinadas e garantindo todos os direitos dos trabalhadores, inclusive o adicional de insalubridade de 40%.
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‘É absurdo que trabalhadores da saúde sejam tratados com esse descaso em um momento tão crítico para a saúde de toda a população” – afirmou a presidente do Sindsaúde, Marta Brandão.
O Sindsaúde vai encaminhar a denúncia ao Ministério Público do Estado.
Ao todo, são 40 trabalhadores cuidando de vidas e sem nenhum direito. Em caso de adoecimento, eles não tem nenhum direito garantido, já que, juridicamente, eles nem existem.
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